quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um dia por vez - 04/11/09 - Lya Luft na Veja


Lya Luft escreveu na Revista Veja desta semana (pra quem não tem a revista, tem o texto aqui no blog) sobre um texto que anda rodando por aí, dizendo que, apesar constar que foi ela que escreveu, inclusive com foto dela, não foi.


Minha reação foi de susto, pois eu mesma li e reencaminhei para um monte de pessoas dos meus contatos. Não dá pra negar, era um texto até bem escrito e o que eu recebi era muito bem montado em Power Point, que tinha sim uma musiquinha (dessas clássicas pra emocionar) de fundo e com o jeito dela de escrever. Lya Luft que me perdoe, mas eu achei parecido. É claro que não me atentei ao início do texto, que continha detalhes tão sórdidos como quando a pessoa diz que ela ficou falando uma hora, sem reação do público. É lógico que isso é inimaginável. Eu, que não me atento muito a pequenos detalhes, não percebi. Mas era o primeiro e mais forte indício de uma grande mentira, sem dúvidas.


Fiquei imaginando como as pessoas são desrespeitosas. Eu diria mais: são cruéis. Principalmente, com pessoas públicas, que vez ou outra, têm sua vida estampada e, quando não há o que estampar, se inventa. O negócio é aparecer de alguma forma. Quanta criatividade!!!


Ser famoso não é fácil. Inúmeras vezes vemos pela televisão artistas completamente indignados, se defendendo de fofocas que fizeram com seu nome, ou fotos bem enquadradas que simulam situações e viram festa na mídia. Quem dá mais por esse tipo de material?
Não importa se estão passando por cima da individualidade das pessoas, se estão invadindo a privacidade, desrespeitando e até agredindo a moral e os bons costumes. O que as pessoas são capazes por algum pontinho de Ibope, né? O pior é que as pessoas, ingenuamente (como eu) ou com uma boa dose de sarcasmo, embarcam e, na grande maioria das vezes, ajudam a espalhar as calúnias.


O que será que leva alguém que escreve bem, usar o nome de outra pessoa? Será que a pessoa queria difamá-la por sua idade? Duvido, até porque Lya Luft não tem jeito de ser dessas mulheres que se preocupam com a idade. Ela sabe que quanto maior a idade, maior a bagagem, portanto, merecedora de maior respeito.


Ou seria por uma compulsão por estrelato e, quem escreveu, não sendo alguém de renome, aproveitou o nome dela. Quando você escreve algo e publica, é claro que você está, no mínimo, exposto. Não foi essa a intenção? Expor o que você pensa e os outros lerem? Então, é preciso saber que será comentado e é preciso estar aberto a críticas, sejam elas construtivas ou destrutivas.


Não tem como negar que é incômodo, quando se recebe algo, o qual não existe opção de resposta. Mas até o anonimato, apesar de irritante, tem o seu lado bom. Até já falei sobre isso em outro texto. Tem-se então a oportunidade de refletir, dosar, imaginar e... pensando bem, esse movimento resulta numa vontade ainda maior de escrever mais e mais e, quem sabe, se superar.


Portanto, minha querida Lya Luft, hoje eu escrevo para você, mesmo que você nunca leia os meus singelos escritos e aproveito para deixar um conselho: relaxa e goza. Ou melhor, relaxe e escreva! Estarei sempre ansiosa, de olhinhos brilhantes, esperando por algo que você tenha a publicar.

Um comentário:

  1. E, queria saber aonde anda o respeito pelo outro?! Será que também ficou fora de moda?!Tomara que não!!Tomara que nunca fique!!
    Adorei o texto!!É isso ai amiga!!!
    Beijos.
    Aline Fischer.

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...