quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Piloto automático


Quantos de nós passamos a vida no piloto automático? Quantas vezes fazemos as coisas mecanicamente, sem nem vermos o que estamos fazendo? Desta forma, o que é pra ser feito, é feito. Mas de que forma?

Li uma vez numa revista, não me lembro qual, que hoje em dia é charmoso ter uma agenda cheia. Percebo que faz sentido. Muitas pessoas se mostram ocupadas o tempo todo, mesmo que não estejam, pra fazer um charme, mostrar que não tem tempo. Que imbecilidade!!!

O charmoso para mim é ter tempo e aproveitá-lo da melhor maneira possível. Ter a chance de colocar amor e dedicação no que se faz. Ter tempo para estar entre amigos, visitar familiares, sair para andar à toa, ter tempo livre pra, quem sabe, ajudar a quem precisa.

Minha vida é sim muito corrida, não propriamente porque minha agenda é cheia, mas é que minha rotina é animada. Mas adoro ter tempo para momentos meus, que me dão prazer. Do tipo: ler um livro, tomar um banho de banheira, assistir um filme. Afinal, esse é o meu ritmo. Portanto, mesmo estando parada, a cabeça precisa estar “trabalhando”. A não ser quando durmo, que daí ela me traz sonhos, os quais não sou eu que dirijo.

“Cabeça vazia, moradia do diabo”. Constato todos os dias que isso é uma grande verdade. Quem não tem o que fazer, fica pensando besteira e, na grande maioria das vezes, o foco é a vida do outro. Daí, vira uma meleca! Tira conclusões precipitadas, se mete... uma bagunça! Bagunça essa que atrapalha a própria vida e, pior, a vida do outro.

Não estou falando de quem não trabalha, porque conheço muita gente que não trabalha e que tem mil afazeres. Às vezes, muito mais que alguém que tenha um emprego. Se colocar tudo que essa pessoa tem a fazer for colocado num papel, a gente cansa só de ler.

Mas, voltando ao assunto proposto, quando li esse texto da Executiva bem sucedida, entendi que a gente não pode deixar o piloto automático ser tão automático assim em nossas vidas. Precisamos ter o controle disso, nem que seja para poder ligar e desligar o piloto automático quando necessário.

Afinal, do que adianta ser uma big executiva, administrando competentemente uma empresa, se você não é capaz de administrar a própria vida?

Se for pra controlar, administrar, ser competente, fazer upgrade, que seja então na nossa própria vida. Esse é o insight que tive quando li esse texto bastante divertido, com uma grande verdade descortinada ao fim da história.

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