quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pedacinho do céu



O que vem na sua cabeça quando você ouve “meu pedacinho do céu”? O que você imagina?

Seria aquele lote no céu que alguns religiosos compram e pagam caro por ele? Para quem não sabe, serve para alcançarem a tranqüilidade na Terra, pois sabem que vão para morar lá após a morte. E como seria esse lugar? Teria uma casinha simples ou uma mansão? O jardim teria flores de que tipo e que cores? Como seria esse lugar?

Ou seria um lugar que você muito almejou para conquistar? Talvez algo que há anos tem sido idealizado e que, finalmente, você pode desfrutar? Ou ainda algum lugar que você conheceu, maravilhoso, e nunca pensou que pudesse existir?

Eu tenho o meu pedacinho do céu e vou contar um pouco dele. Para fazê-lo, vou me guiar pelos cinco sentidos.

O meu pedacinho de céu tem o azul do céu, que vez ou outra, muito raramente, se torna cinzento, ocasionado pelas chuvas. Mas a cor que prevalece é o verde. Ele é cheio de gramados, árvores dos mais diferentes tipos, das pequenas às mais imponentes. Mas garanto que tem pinceladas todas as cores possíveis que só Deus foi capaz de criar. Porque esse lugar tem o colorido da vida: o azul da paz, o vermelho do amor, o amarelo da amizade, o verde da cura, o lilás da proteção... todas elas, em todos os tons!

Os sons que de lá se emanam são vários, a começar pelo cantar dos passarinhos, a melodia do correr da água na bica, o uivo do vento, o latido dos cachorros, o relinche dos cavalos, os mugidos das vacas, todos numa sincronia invejável. Porém, o som mais agradável que se pode ouvir lá são as gargalhadas das crianças e as vozes e cantos dos amigos, sempre embalados a boa música.

O cheiro da terra molhada, do anúncio da chuva, do gado no curral, da carne que se amorena na churrasqueira... são odores que não vou conseguir descrever. É necessário sentir. É o aspirar do bem viver. E isso cheira saúde e felicidade.

O paladar eu diria que é o próprio manjar dos deuses. A variação de gostos, entre bebidas alcoólicas ou não, doces, salgados, quase nunca o amargo, nos deixa sempre um gostinho de quero mais.

E o tato... ah, o tato!!! É nesse santuário que temos tempo de nos reunir, nos juntar, nos abraçar, nos beijar. É o enroscar entre amigos e familiares sempre tão amados, sentidos e vividos de maneira intensa, cúmplices de momentos tão especiais, gravados com carinho na memória, desde minha infância aos tempos de hoje.

O meu pedacinho do céu é a fazenda dos meus pais, a 100 km da minha casa, lugar que vou desde pequena, onde vivi maravilhosos momentos desde a infância até os dias de hoje e aprendi que o bom da vida está nas coisas mais simples, que não há dinheiro que compense, a começar pelos nossos cinco sentidos.

2 comentários:

  1. Taíza acho que consegui postar comentários... kkkkk! Realmente esse é o pedacinho do céu!!! Não só pela natureza linda, pelo aconchego do lugar mas principalmente pelos prazeres que ele proporciona... da família reunida,das suas lembranças boas, e sobretudo pelo carinho, amizade e receptividade de vocês, BJS GIULIANA

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  2. Ainda bem que esta pedacinho do céu e aberto pra gente também se sentir no céu de vez em quando.... e é tão céu que a gente se sente bem mais pertinho de Deus e dos anjos.Um lugar muito especial!!!
    Um beijo.
    Aline.

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...