Hoje acordei sem tem o
que fazer e resolvi mexer nos álbuns de fotografias que tenho. E
aí... Já viu, né? Nostalgia na certa. Será?
Fiquei
vendo as fotos de tantos momentos felizes, de pessoas tão especiais,
alguns que faleceram, outros que se foram por vontade própria,
outros que a vida se encarregou de afastar, outros que foram e que
voltaram, outros que nunca estiveram distantes.
No
dicionário, nostalgia é definida como tristeza causada pela
saudade de sua terra ou de sua pátria; melancolia.
Saudade do
passado, de um lugar etc.
Disfunções comportamentais causadas
pela separação ou isolamento do país natal, pela ausência da
família e pela vontade exacerbada de regressar à pátria.
Saudade
de alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma condição
que deixou de possuir.
Condição melancólica causada pelo anseio
de ter os sonhos realizados. Condição daquele que é triste sem
motivos explícitos.
Olhando
aqueles álbuns senti tanta saudade de tempos felizes,
mas não senti nostalgia, não senti dor. Ao contrário, senti uma paz tão imensa,
uma felicidade tão grande e uma gratidão eterna por ter vividos
momentos tão ricos e marcantes, que meu estado preguiçoso ao
acordar de manhã se transformou em euforia.
Não quero voltar pra
lugar nenhum! Recordar já é reviver e pra mim já está de bom
tamanho. Estou no meu lugar, tenho minha família, meus amigos e
tenho imenso respeito pela forma com que as coisas se organizam na
vida. O que foi uma vez possuído, é meu eternamente, está gravado em mim. Os sonhos que
não realizei, ainda posso realizá-los, como posso também mudar de
sonhos. Sou um ser de novas possibilidades. É nisso que acredito.
Uma amiga me ligou
perguntando se estava tudo bem comigo. Respondi que, apesar das fotos
antiiiiigggaaassss que estava postando, eu não estava triste.
Definitivamente, não estou em nostalgia. Estou feliz!!! Eu era feliz e
sabia. Soube aproveitar os momentos que vivi e amar as pessoas que
comigo estiveram.
Graças a Deus, continuo
feliz. É claro que muita coisa mudou. Eu mudei, minhas crenças
mudaram, as pessoas à minha volta... É claro também que passei por
momentos difíceis, mas esses a gente nunca fotografa e nem tenho o
costume de comentar. É como na lei de Lavoisier: “nada se perde,
tudo se transforma”. E fico feliz com o resultado transformado. É
vida que segue...
A conclusão dessa manhã
de fotografias é que sou uma pessoa muito abençoada e sou grata a
Deus e a todos que estiveram e estão comigo no meu processo de
crescimento e nesse ciclo que chamamos de Vida. Espero poder ainda
tirar muitas e muitas fotos para, daqui há alguns anos, possa sentar
para olhar as fotos de hoje em dia e ter o mesmo sentimento.
Sentimento de que tudo valeu, apesar de alguns erros e na certeza que
foram mais acertos.
Dizem que os primeiros
quarenta anos da vida são os mais difíceis. Digamos que comecei
muito bem! E que venham meus 80 e 120 anos. Depois, posso ir com
muita alegria no coração, muitas recordações e a sensação de
dever cumprido.
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