Saudade é um sentimento que dói, dói fundo e pontiagudo no coração. Te faz perder o chão e você se perde em você mesmo. Mas só sentimos saudade do que foi bom, do que valeu a pena, do que marcou nossa vida. Saudade de momentos, de pessoas... seja lá o que for, saudade é sempre saudade. E esta, nunca passa despercebida.
Muitas vezes, a saudade é incontrolável e entra na gente, toma conta de tudo, penetra todo o ser e nos faz pensar, lembrar, reviver coisas que passamos, quando olhamos para os lados e nos surpreendemos por não ter mais ninguém ali como companhia, ninguém pra compartilhar, apenas a doce lembrança de tudo que se passou.
Por fazer doer, tentamos tirar a saudade do peito, da nossa vida, como se fôssemos capazes de dominar o que o coração impõe. “Coração é terra que ninguém anda”, já dizia minha mãe. E não anda mesmo. Nem nós! Quando as coisas do coração aparecem, você entra num conflito imenso com você mesmo, tentado fazer prevalecer a razão sobre a emoção. Em vão! Mais cedo ou mais tarde você é pego de surpresa e aí, meu amigo, você já caiu na rede. Não adianta correr, espernear, tentar arrancar do coração aquela saudade maldita, expulsar as lembranças da mente, porque é como se você negasse a si mesmo.
Então, sem armas, você se entrega àqueles suspiros, vem a lembrança dos momentos felizes (e até mesmo dos não tão felizes, mas que foram igualmente importantes), você começa a divagar pelo tempo como se este fosse ontem e bate aquela saudade. Aquela vontade de reviver todos aqueles momentos com total intensidade e sentir por completo aquele amor ou aquele momento tão especial e por ali permanecer eternamente.
A vida se encarregou de andar e deixar o passado pra trás, mas a saudade mateira é sua companheira, seguidora da sua vida. Ela te acompanha como se fosse sua sombra na caminhada. Você tem a doída e ilusória sensação que tudo ficou pra trás e que tudo está longe, bem distante. Que pena, né?! Até que, num ímpeto, você percebe que “para estar junto não é preciso estar perto e sim do lado de dentro”.
O pensamento fluindo entre o passado,o presente e o futuro.Esta é natureza da nossa existência apesar de não ser a ideal.A saudade de coisas passadas que são boas para nós ,que atualmente não são nossa realidade,geram um estado de melancolia ,que nos faz querer reviver perenemente aquele momento de nossas vidas.Mas o tempo muda o passado para o presente,e tudo se transforma.Para não sofrermos é preciso não nos apegarmos à coisas,pessoas e acontecimentos,e seguirmos sempre pela impermanência da vida.Sejam todos FELIZES...
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