domingo, 18 de outubro de 2009

"Mãe, ó meu Hopogróis!!!"

E-mail que recebi da Sil em 16 de outubro de 2009:

“Gente, pela primeira vez eu consegui ler uma VEJA inteira sem a Sofia me chamar... Fiquei tão feliz!!!!! Daí, quando estava no comentário final J.R.Guzzo, a minha flor me chamou lá do seu quartinho: ‘Mãe, ó meu Hipogróis!!!!!! Eu usei tudinho sem chorar...’ Daí, eu vi que a minha flor Sofia ia cheirar a óleo de fígado de bacalhau (princípio ativo do Hipoglós) por dois meses... Foi tão bonitinho que eu nem consegui ficar brava! Até hoje eu leio a VEJA com a Sofia bem pertinho de mim. Seu silêncio é o que me assusta... Faz parte da alegria de ter filhos!!!! E a minha flor, é a minha alegria!!!”

Quando recebi esse e-mail, dei muita risada, pela situação e pela forma que minha amiga escreveu, tão alegre e suave. Me passaram pela cabeça muitas dessas “pérolas” de crianças que já vivi e que já ouvi de muitas amigas mães. Achei que esse seria um tema gostoso de escrever.

Quantas vezes muitas de nós, mães, nos deparamos com essas situações? E quantas reações podemos ter diante delas? E quantas vezes contamos até 10? E quantas estouramos e brigamos? E quantas rimos (e até aproveitamos o momento para uma foto! Rsrsrs...)?

Confesso que estou anos-luz da minha amiga. Minha primeira reação é sempre explosiva. Mas depois de tantos “eventos” como esse, agora conto até 10. Assim a explosão, que antes era de um tiro de canhão, agora é um estourinho de traque. Se bem que, meus traques são dos bons, viu? Hehehe...

Admiro quem tem a reação que ela teve, porque ela é uma mãe sábia. Ela entende que isso é coisa de criança, é nascimento de algo novo, o alargar de horizontes para eles, é a forma que aprendem a pensar e é assim que podem chegar às suas próprias conclusões. É através de suas vivências que ela pode descobrir-se e descobrir o mundo à sua volta.

Afinal, quem aqui nunca foi criança? Nós, intimamente, invejamos essas criaturinhas que muita mais enobrecem do que enlouquecem nossas vidas. Como é bom brincar, descobrir, inovar, inventar, sorrir, experimentar, nos arriscar e sabermos que, mesmo que dê tudo errado, terá sempre uma mãezinha ali, pronta pra nos socorrer. Ah, essas mães! Verdadeiros anjos do céu.

E que bom (né, Sofia?), ter uma mãe tão especial como a Sil! Aquela que, mesmo sabendo quanto trabalho vem depois, dá boas risadas, admira a filha que tem e ainda corre pra pegar a máquina pra compartilhar conosco esses momentos tão simples da vida, mas muito marcantes e especiais. É preciso mesmo registrar!
....................................................................................................

Silvana é uma amiga de longa data, que é muito divertida, alto astral e que eu adoro. Pelos desencontros da vida, hoje nosso contato tem sido muito mais virtual, já que nossas promessas de nos encontrar tem ficado só nos planos, por enquanto. Mas estamos sempre ali, conectadinhas e em sintonia. Quando ela viu meu blog pela primeira vez, me deixou uma mensagem muito carinhosa, entre outras tantas que recebi, a qual tomo a liberdade de retratar, até como um forma de homenageá-la, porque ela muito merece:

“Taiza, entrei no seu blog. Estava na Richesse dando um tempo para buscar as crianças na escola, e comecei a ler suas histórias. Quando vi, estava chorando, rindo sozinha, pagando o maior mico... Meus olhos ficam cheios de lágrimas e eu não sei se paro de ler e finjo que estou bocejando (por isso estou com lágrimas nos olhos...) ou se assumo meu lado passional latino-americano que chora meeeeeeeeeeesmo quando lê uma coisa que emociona. Enfim, estou aqui bancando a ridícula, lendo, rindo e limpando as lágrimas. Malditos hormônios femininos que se alteram todos os meses...
Ainda tenho bastante bateria no notebook. Vou pro carro ficar lendo, assim, ninguém acha que eu estou com a mãe na UTI ou com filho delinqüente pra chorar e rir sozinha no meio da rua...
Que bom que você está se dedicando a você e aos seus pensamentos e sonhos, sem ficar louca com aquele monte de garotos que colocou na Terra...
Bjks e saudades”

Então, ela me mandou outro e-mail contando essa historinha de sua filha que achei o máximo e, por ser tão comum esses momentos nas nossas vidas de mães, pedi a permissão de colocar no blog. Claro, né? Jamais colocaria aqui histórias de vidas alheias sem pedir primeiro. Fiquei feliz demais quando ela me respondeu dizendo que eu poderia:

“Então, Taiza!!!!! Você não teve meninas... mas, deve imaginar o que é limpar aquelas dobrinhas todas... Pode publicar no blog, sim. É bom que as mães saibam que todas as mães passam pelas mesmas coisas, só é diferente a postura de cada uma de nós. Já tava suja de HIPOGRÓIS mesmo... Então, deixa eu tirar foto pra ela ter lembranças da infância dela!!!!
Bjks”


De Taiza para Sil:
Amiga, obrigada mais uma vez! Receba meu carinho por compartilhar conosco momentos da sua intimidade familiar. E Parabéns pela conduta! Você é minha ídola agora. Beijos mil.

Um comentário:

  1. Taíza,obrigada pelo carinho!!! Tenho também muita admiração por você... três anjinhos em casa e ainda ter o seu pique! Eu me divirto muito com meus filhos, eu me chateio, eu fico brava, eu fico encantada... Eu sou humana e desço o morro quando é preciso, mas eu distribuo medalhas a eles diariamente quando é merecido. Eles e o Chico são a minha vida, e a minha vida é muito feliz, porque eu decidi que eu ia ser muito feliz com eles..
    Beijos no seu coração!
    Sil

    ResponderExcluir

Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...