sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tocando em frente

“Ando devagar por que já tive pressa
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.”
.......................................................................................................
Esse tema me foi sugerido hoje pela manhã e eu acho sim que merece um espaço no meu blog. Não só pela melodia, pela voz aveludada e alma leve de Almir Sater, mas pela profundidade de sua letra, pela verdade nua e crua que ela ecoa em seus versos.

É muito bom quando conseguimos chegar num estágio da vida em que os passos são mais lentos, menos ansiosos. Sinal de que, por mais que não saibamos onde vamos chegar, há uma certeza: estamos mais próximos do lugar que nos foi “predestinado”. Acredito que é esse o melhor lugar para nós. E é como diz a fábula da lebre e a tartaruga: “devagar se vai ao longe!” Ainda haverá tanto a trilhar!

E quem tanto chorou, muito aprendeu! O sofrimento amadurece, nos faz crescer, nos leva a um estágio mais avançado do SER. O choro é importante, nosso companheiro das horas difíceis, uma lavagem da alma. Porém é preciso cessar o choro, nos abrir pra uma vida gloriosa que está sempre à nossa espera, afinal, nascemos para sermos felizes. E a chuva, aquela provocada por tempos ruins, faz florir em nós novos horizontes e a vontade de buscarmos um caminho mais colorido e perfumado.

O sorriso. Ah, o sorriso! Fundamental na nossa vida e na vida de todos à nossa volta. Poucas coisas na vida são tão agradáveis quanto um sorriso. Ele abre todas as portas (inclusive a do coração), é nosso cartão de visitas, é bonito de se ver e é maravilhoso receber. Até aquele sorrisinho amarelo é bem vindo, pois já mostrou que o outro já está se desarmando. E, mesmo este, tem que ser sincero. Essa é a única regra para o sorriso.

E a vida vai passando... entre choros e sorrisos, momentos tristes e felizes, cada um no seu caminho, com o seu caminhar, e nossa bagagem de sabedoria tende a aumentar. E essa sabedoria está, na grande maioria das vezes, nas coisas mais simples. É quando conhecemos as manhas e os sabores que a vida diariamente nos traz.

Então a gente entende que para a vida fazer sentido realmente, precisamos estar apenas amando, porque sem amor nada se constrói. E se nosso coração transborda esse sentimento tão sublime, automaticamente se resplandece a paz, a sensação de alma livre, de bem estar e bem viver.

Renato Teixeira, quando compôs essa música, foi bastante sábio. Ele contou com a sensibilidade de um velho boiadeiro. Aquele que, aparentemente bruto, carrega em si o respeito e a admiração pela natureza e entende que, nesta, tudo tem o tempo certo: de plantar e de colher, de chover e de florir, de nascer e de morrer, de chegar e partir, de chorar e sorrir.

O mais mágico e encantador de tudo isso é que, por mais que os caminhos sejam sinuosos, por mais chuva que tenhamos que tomar pelas estradas, por mais choros desconsolados que tenhamos que enfrentar... no fundo, no fundo, temos a certeza que, no fim, o céu vai se abrir e o sol vai brilhar. E toda bagagem que precisamos para sermos de fato felizes, está dentro de nós. E não adianta nem procurar em outro lugar, viu?

Um comentário:

  1. Amiga,
    Adorei....vou visitar sempre.Apesar do pouco contato,te admiro muito e voce a cada dia me surpreende mais.Continue crescendo como ser humano e procurando o que te dê prazer.bjão
    sandra lemos

    ResponderExcluir

Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...