terça-feira, 1 de março de 2011

O que a mulher quer de um homem?


Recentemente um cliente pediu-me, com uma carinha meio marota, meio desconsolada, que escrevesse sobre o que as mulheres querem dos homens. "Nós homens estamos tão perdidos quanto ao que as mulheres esperam de nós! Estamos confusos." Com razão, porque antes sabia-se o que as mulheres queriam dos homens. Hoje não mais!

Antes, elas queriam ter um homem que lhes desse o sustento e filhos. Todo o valor social que uma mulher podia ter vinha do fato de se tornar "mãe de família". Uma mulher bem-sucedida, há poucas décadas atrás, que não fosse casada, era uma coitadinha, tão competente... mas "ficou prá titia!". Nem dinheiro, nem profissão, nem inteligência lhe conferiam, de fato, valor social. Só o casamento e principalmente a maternidade. Por isso as piadinhas: "ela laçou um bobo". Ter um homem era o fito, já que tudo o mais adviria disso.

O homem também tinha a sua posição marcada no jogo social se tivesse constituído uma família e se tornado um "homem de respeito". Também era respeitado por ter uma profissão, por ser inteligente e até mesmo não se perdia o respeito por ele se desse suas escapadinhas. O direito ao prazer sexual lhe era assegurado.

E agora José? A festa acabou. O mundo mudou e as mulheres também podem querer algo mais de um homem, além de que seja seu provedor e pai dos seus filhos.

Mas, afinal de contas, o que é que elas querem?

Sim, porque é bem sabido que os homens querem uma "amante na cama e uma dama na sociedade". Alguém contra? Eu acho uma ótima ideia, só que esta junção raramente se realiza. Então, qual a saída? Para ter prazer a mulher também vai "pular a cerca"?

Não! Eu tenho pra mim que o que querem as mulheres de hoje é o mesmo que os homens: um amante na cama (desbancando os malandros que tanto as atrai, que sabem seduzir e se fazer desejar) e um cara amigo e confiável fora dela.

Esta síntese pode ser pensada se considerarmos que amor, ternura pertencem a um campo, e desejo, tesão a outro, e que cada qual tem o seu momento de prática.

O amigo é aquele em quem confiamos, com o qual contamos, que preza a amizade o convívio, as afinidades.

O amante é aquele do qual nunca saberemos tudo. Nos deixa meio inseguras, sem saber o que ele pensa e o que é. Não é previsível. Romantismo demais? Não, essas são qualidades que todo ser humano tem se não estagnar-se, inclusive numa relação com uma falsa segurança (leia-se "morta").

O amigo traz segurança, o amante insegurança que provoca emoção, desejo.

Vale tentar?


(Texto de Luciene Godoy)

Um comentário:

  1. Curti Taiza =)
    E por coincidência escrevi um post parecido com esse tema...sobre as diferenças entre homens e mulheres.
    Beijos

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...