sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Já analisou suas postagens?


"Você é o que você posta!" - Já ouvi isso várias vezes e percebo com nitidez que essa pode ser uma verdade para muitos. Muitos me agradecem com frequência por ler minhas postagens e se sentirem mais estimulados na vida ou quebrar um sentimento de tristeza com as baboseiras que posto nas minhas redes. "Nossa, Taiza! Essa foi pra mim. Certeza!"
É inegável que o mundo virtual faz parte das nossas vidas. Alguns com mais intensidade, outras com menos, todos estamos de alguma informa conectados uns aos outros. Mesmo que você não seja um tipo de pessoa que fique postando muito, você tem redes sociais e, por ela, vai navegando e sabendo da vida das outras pessoas. Vai construindo dentro de você uma imagem em relação ao outro. É o suficiente para já fazer parte deste mundo.
O tipo de postagens que você faz, por mais que seja um texto que não seja de sua autoria, se está na sua página, é porque você se identifica com ele. Você pode não viver na igreja, mas se vive postando orações, vídeos de padres ou pastores, imagens de santos ou afins, mostra ali o seu lado religioso, afinal, uma ateu jamais postaria esse tipo de coisa. Alguns postam coisas tristes, pessoas com deficiências, desastres... isso também vai dizer um pouco da energia que ronda você.
Eu insisto em postar otimismo, beleza, reflexões, fotos de momentos felizes e lugares agradáveis, o que leva as pessoas a pensarem que sou uma pessoa que vive nos picos mais altos da alegria. Claro que isso é um engano, pois como saudável ser humano que sou, tenho momentos de tristeza, raiva, me deparo com situações desagradáveis, vou a lugares feios e tenho contato com muitas coisas desagradáveis diariamente. Porém escolho oferecer ao mundo o meu lado bom, o que faço questão de alimentar. E nos dias que não estou muito bem, já tenho algumas cartas na manga para deixar uma vibração diferente nas minhas páginas ou simplesmente silencio. 
Nunca me esqueço de uma certa vez que postei no Facebook: "Hoje estou meio assim..." Pronto! Em pouquíssimo espaço de tempo e por dias seguidos as pessoas comentavam: "O que aconteceu?", "Isso não combina com você!", "Você não é assim!" As mensagens não paravam, não só pelo Facebook, quanto pelo WhatsApp e por telefone. Pessoas queriam marcar um café para me animar e um singelo "sentir-se assim", que nem eu mesma soube descrever, causou um reboliço de imagens a meu respeito naquele momento. E quem me tirou desse estado estranho foi um amigo que me disse: "Amor, sabe o que você faz? Pega seu Facebook dos últimos três dias que você vai melhorar!" Eu ri demais disso, mas ouvi o conselho. Sabe que funcionou? Talvez porque eu realmente acredite no que eu posto ou por ter me desconcentrado do meu estado indescritível.
É bom quando nos damos conta do poder que isso tem diante das pessoas. Com nossas redes sociais fazemos o que queremos, interagimos com quem gostamos, bloqueamos quem incomoda e, percebendo esse movimento, podemos brincar com as pessoas que estão conectadas conosco. Brincar no melhor sentido, claro. Poder deixá-los imaginar algo sobre você, poder mudar o estado da pessoa naquele dia, poder divertir aqueles que estão tão longe, mas igualmente amados por nós.
Porém, é bom sempre lembrar que o melhor da vida acontece offline. Então, "de quando em sempre", desconecte-se e aproveite o mundo real. Este, sem a menor sombra de dúvidas, ainda é o mais divertido.

2 comentários:

  1. Lindo texto, Taiza Renata!
    Delicado, verdadeiro!
    Meus aplausos, desde Catanduva SP!

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  2. Por um mundo mais real e menos virtual, mas sempre repleto de positividade!!!
    Cazeratto que dia mesmo??? hehehehehehehe

    Bjks da Agregada do SJ

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...