quinta-feira, 26 de junho de 2014

É vida que segue...


Hoje acordei sem tem o que fazer e resolvi mexer nos álbuns de fotografias que tenho. E aí... Já viu, né? Nostalgia na certa. Será?
Fiquei vendo as fotos de tantos momentos felizes, de pessoas tão especiais, alguns que faleceram, outros que se foram por vontade própria, outros que a vida se encarregou de afastar, outros que foram e que voltaram, outros que nunca estiveram distantes.
No dicionário, nostalgia é definida como tristeza causada pela saudade de sua terra ou de sua pátria; melancolia. 
Saudade do passado, de um lugar etc. 
Disfunções comportamentais causadas pela separação ou isolamento do país natal, pela ausência da família e pela vontade exacerbada de regressar à pátria. 
Saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma condição que deixou de possuir.
 Condição melancólica causada pelo anseio de ter os sonhos realizados. Condição daquele que é triste sem motivos explícitos.
Olhando aqueles álbuns senti tanta saudade de tempos felizes, mas não senti nostalgia, não senti dor. Ao contrário, senti uma paz tão imensa, uma felicidade tão grande e uma gratidão eterna por ter vividos momentos tão ricos e marcantes, que meu estado preguiçoso ao acordar de manhã se transformou em euforia.
Não quero voltar pra lugar nenhum! Recordar já é reviver e pra mim já está de bom tamanho. Estou no meu lugar, tenho minha família, meus amigos e tenho imenso respeito pela forma com que as coisas se organizam na vida. O que foi uma vez possuído, é meu eternamente, está gravado em mim. Os sonhos que não realizei, ainda posso realizá-los, como posso também mudar de sonhos. Sou um ser de novas possibilidades. É nisso que acredito.
Uma amiga me ligou perguntando se estava tudo bem comigo. Respondi que, apesar das fotos antiiiiigggaaassss que estava postando, eu não estava triste. Definitivamente, não estou em nostalgia. Estou feliz!!! Eu era feliz e sabia. Soube aproveitar os momentos que vivi e amar as pessoas que comigo estiveram.
Graças a Deus, continuo feliz. É claro que muita coisa mudou. Eu mudei, minhas crenças mudaram, as pessoas à minha volta... É claro também que passei por momentos difíceis, mas esses a gente nunca fotografa e nem tenho o costume de comentar. É como na lei de Lavoisier: “nada se perde, tudo se transforma”. E fico feliz com o resultado transformado. É vida que segue...
A conclusão dessa manhã de fotografias é que sou uma pessoa muito abençoada e sou grata a Deus e a todos que estiveram e estão comigo no meu processo de crescimento e nesse ciclo que chamamos de Vida. Espero poder ainda tirar muitas e muitas fotos para, daqui há alguns anos, possa sentar para olhar as fotos de hoje em dia e ter o mesmo sentimento. Sentimento de que tudo valeu, apesar de alguns erros e na certeza que foram mais acertos.
Dizem que os primeiros quarenta anos da vida são os mais difíceis. Digamos que comecei muito bem! E que venham meus 80 e 120 anos. Depois, posso ir com muita alegria no coração, muitas recordações e a sensação de dever cumprido.

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