terça-feira, 4 de setembro de 2012

Últimas palavras a um Grande Homem



O Grande Homem

Mantém o seu modo de pensar independentemente da opinião pública.
É tranqüilo, calmo, paciente, não grita e nem se desespera.
Pensa com clareza, fala com inteligência, vive com simplicidade.
Não é do passado e nem do futuro, mas vive o presente.
Sempre tem tempo.
Não despreza nenhum ser humano.
Causa a impressão dos vastos silêncios da natureza: o CÉU.
Não é vaidoso.
Como não anda à cata de aplausos, jamais se ofende.
Possui sempre mais do que julga merecer.
Está sempre disposto a aprender, mesmo das crianças.
Vive dentro do seu próprio isolamento espiritual, aonde não chega nem o louvor nem a censura.
Não obstante, seu isolamento não é frio: Ama – Sofre – Pensa – Compreende.
O que você possui, dinheiro, posição social, nada significam para ele.
Só lhe importa o que você é.
Despreza a opinião própria tão depressa verifica o seu erro.
Não respeita usos estabelecidos e venerados por espíritos tacanhos.
Respeita somente a Verdade.
Tem a mente de homem e coração de menino.
Conhece-se a si mesmo, tal qual é, e conhece a Deus.”


Não sei quem escreveu este poema, mas achei muito pertinente usá-lo, pois se eu fosse definir Mauro Guedes seria como um Grande Homem.

Ele chegou em nossas vidas de uma forma simples, com sua maneira discreta de ser, como quem nada quer.

É claro que com aquela beleza toda e olhos cor do mar, não passava despercebido por ninguém.

Com seu jeito calmo de ser, deveria ser quase imperceptível a sua presença, mas seu senso de humor sempre presente nos fazia quere-lo mais perto, mais e mais.

E foi com esse jeitinho que Mauro Guedes foi fazendo morada em nossos corações. E moradas enormes, com jardins muito floridos, por sinal.

Lembrá-lo e falar de suas qualidades é extremamente prazeroso e eu poderia ficar aqui horas, adjetivando cada uma de suas virtudes. Fechando os olhos, posso até ver o seu sorriso e suas tiradas inteligentes quando menos se espera.

Defeitos? Tinha sim. Quem não os tem? Mas sua maneira de ser e de viver verdadeiramente, construindo alicerces sólidos, só nos faz lembrar do grande guerreiro que foi. Lutou sempre, com unhas e dentes, por sua família, seu trabalho e sua saúde.

Não me lembro de vê-lo seguindo muito profundamente alguma religião, mas sei que foi um homem de fé. Aliás, esse sim era um homem de Deus. Por onde quer que ele passasse, deixava uma paz extasiante.

Um grande amigo. Quem teve a honra de ser amigo dele, define-o assim e terá grandes e agradáveis recordações e lições sobre amizade. E aqui, não falo só dos amigos, mas dos filhos, irmãos, sobrinhos, genros, noras, netos.

Khalil Gibran disse que “a simplicidade é o último degrau da sabedoria” e esse homem, muito sábio, soube levar a vida com simplicidade e nos ensinar onde estão realmente as grandes riquezas da vida.

E de tantas virtudes, de tantos bom momentos, ele vai deixar muita saudade.

Saudade é o amor que fica”, disse o poeta. Esse amor vai continuar florindo por cada lugar que ele passou, por cada vida que ele tocou, crescendo dentro de nós, a cada dia, através de suas lembranças, os momentos vividos juntos e o legado de vida que ele nos deixou.

Um comentário:

  1. Tudo Verdade Tayza,aquele jeito manso,aquele olhar transparente,cativava a todos.
    Quando sua mãe chamava pra ir pra fazenda,sempre perguntava se o Mauro ia,gostava muito de sua companhia.
    Vai fazer muita falta,naquela mesa da varanda ,vai sempre estar faltando ele,mas no coração ele vai estar sempre presente.

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...