quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Insight


Quando fiz o blog, sempre tinha algo pra publicar, até pelo sucesso que fez no início, afinal era grande o número de comentários recebidos no próprio blog ou por e-mail, telefone, assim como os seguidores iam aumentando a cada dia. Nada perto de uma escritora profissional, garanto, mas para uma aspirante como eu, já considero um sucesso.

No começo, apenas amigos me seguiam. Logo começaram a me seguir pessoas desconhecidas que também comentavam e acompanhavam. Alguns ainda comentam mesmo não sendo seguidores. Depois, como tudo na vida, as coisas caem no seu normal, encontram o equilíbrio e as freqüências foram diminuindo. Mesmo assim, sei que todos os dias algumas pessoas ainda entram, mesmo que não comentem. Ou pessoas que não entram todos os dias, mas que de quando em quando, volta no último texto que leu e vem lendo até o dia atual. Sei, porque deixam comentários nos textos antigos ou comentam comigo. Tenho um amigo que entra raramente, geralmente em dias que ele está muito baixo astral porque, segundo ele, eu sempre tenho uma palavra que se encaixa perfeitamente para o momento dele.

Por esse motivo, faço questão de publicar novos textos diariamente, de segunda a sexta, por consideração a essas pessoas que, mesmo sendo quando não tem nada pra fazer, entram pra ver um pouco da Taiza Renata. Muitos nem são meus (sempre coloco abaixo a autoria), mas pode ter certeza que são assuntos que vibram na mesma freqüência do momento da minha vida. Algumas entram também como forma de acompanhar minha vida, mas como a mesma é um livro aberto, não me importo.

Até gostaria de conhecer uma vida tão interessante como a minha. Quem tiver, por favor, comece a blogar. Sim, porque a minha é pra lá de interessante, já que as pessoas se preocupam tanto com ela. Se faço algo errado, é problema. Se não faço algo, o problema é maior ainda. Então, muitas vezes, “faço de conta” só para as pessoas terem assunto e, enquanto isso, visto a roupa da Capitu do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis: “olhos de cigana, oblíquos e dissimulados”. Sem contar com o quanto me divirto com tantos julgamentos e sustos que me aparecem. Só quem me conhece muito bem sabe quando estou blefando ou não.

Mas, voltando ao assunto do Insight, no começo eu tinha assunto pra todos os dias, mas nem sempre tinha tempo. Então, pegava qualquer letra de música, pensava em alguém... qualquer coisa me servia de pretexto pra escrever, nem que fosse uma folhinha de árvore caindo e dançando ao vento. Escrevia vários textos e deixava como rascunho para depois publicar. Afinal, pode-se escrever sobre qualquer coisa, quando se gosta como eu. Seja sobre o amor, sobre a lua, quem sabe uma música, uma história, um filme... não importa. O mais importante é seguir escrevendo. O bem que me faz é enorme. E, segundo alguns, a eles também.

Porém existe esse tal de “insight” que, embora a tradução do inglês para o português seja algo como introspecção, nada mais é que um repente na mente, um flash de luz, na velocidade de um piscar de olhos ou um estalo de dedos, de uma questão que te vem fortemente. De fato, só acontece em momentos de reflexão, mas que vem e transbordam a alma, te instigando a colocar pra fora todos os pensamentos que te passam naquele momento. Sem dúvida, meus melhores textos são desses momentos.

Escrevo sobre qualquer coisa que me pedir, até mesmo o que não domino. Basta fazer uma breve pesquisa e te darei o que me pediu, como já fiz algumas vezes por pedidos de amigos. Portanto, meu forte é escrever sobre a vida, sobre o mais simples, o menos concreto, o mais mágico. É disso que eu gosto porque é o que dá sentido pra bem viver.

Por falta dele, do Insight (não vão se confundir agora), muitos textos estão por fazer, guardados em meus arquivos. Textos estes que abro e reabro milhões de vezes, pois considero o tema interessante, mas sem insight, não tem jeito, a coisa desanda. Não gosto do que escrevo e nunca consigo terminar.

Às vezes, tenho vontade de andar com um gravador pra ir gravando tudo que me passa na cabeça nessa hora, mas é que nem sempre estou sozinha. Quando tenho tempo, ótimo. Sento e escrevo. Mas quando não tenho, a sensação é que está tudo “desgringolado” dentro da minha cabeça e só vai se resolver quando eu puder “passar a limpo”.

Penso que é isso que me faz gostar tanto de escrever, porque temos a oportunidade de passar a limpo, pontuar, apagar e escrever de novo, delongar sobre algo... coisas simplistas que a vida muitas vezes não me permite.

Aliás, acabou de me passar pela cabeça uma pessoa que disse ter tido um insight pra debatermos sobre o tema, se não me engano na semana passada, mas não mandou. Não sei se foi falta de tempo, ou se o insight passou tão rápido que nem deixou pistas para ser escrito num outro momento. Saiba que continuo esperando, afinal, muitas cabeças pensam melhor que uma só. Se de meus insights saem algumas coisas interessantes, imaginem dois insights juntos!!! Perfeição na certa.

Hoje me deu esse insight de falar sobre isso, o tal “insight” que é o grande amigo e companheiro dos aspirantes a escritores. E pra você, que lê agora, meu desejo é que não perca esses momentos mágicos do dia, porque eles são preciosos e vêm sobrecarregados de questionamentos, os quais as respostas estão todas dentro de você. Tente, então, apenas dar a vazão necessária para que sua mente se aquiete novamente.

3 comentários:

  1. Na minha vida sempre estou a procura de insight,e o definiria assim: Uma grande sacada interna[leia-se compreensão]com intenso jorro emocional,seja de alegria ,tristeza e outros.Realmente é a melhor parte de viver,haaaaaaa!!!!

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  2. Miga,
    Que vc continue tendo muito e muitos "insight" pra poder nos deliciar com seus textos, suas histórias, suas visões e pensamentos sobre o mundo, seus "personagens" e seus complexos sentimentos, e claro sobre a sua rica vida que muitas vezes é mais emocionante que filme de grande bilheteria!
    Inspirada em vc (sobre uma frase que vc me falou uma vez) e em um filme que acabei de ver acabei escrevendo,mais uma vez sobre esse doce sentimento que adoramos...o AMOR! Olha eu copinando vc e tendo "insight".rsrsrsrs....
    Beijo grande amor!

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  3. Amiga,
    eu sou uma daquelas que fica um tempão sem entrar,mas sei que quando me sobra tempo para navegar, aqui é um lugar que me delicio.Continue com suas postagens e não se preocupe com julgamentos,pois a maioria deles é a forma das pessoas se manifestarem que não tem a coragem de se mostrar como vc tem.
    Um grande beijo!

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...