segunda-feira, 31 de maio de 2010

Uma história de Macedo


Macedo é um maranhense, moreno, alto, gente boa, signo de Câncer, garçom de um restaurante à beira do lago em Brasília e, acima de tudo, um homem de atitude.

Era noite de lua cheia... linda, esplêndida no céu, iluminando a alma dos apaixonados e abrindo o coração de quem não tem uma paixão. Talvez tenha sido este o motivo de Macedo estar tão romântico aquela noite.

Demos a sorte de sentarmos ali, na praça do Macedo, o qual não nos dava muito atenção de início. Como a turma era animada, tudo era motivo de graça e, com jeitinho de quem sabe o que faz, joguei logo um estímulo positivo e o Macedão começou a mostrar para o que veio ao mundo. (Risos)

Depois de incentivá-lo bastante, dizer que tínhamos ido pra lá pra conhecer o melhor garçom de Brasília e atestar se ele tinha mesmo todo aquele potencial, Macedão não nos abandonou mais, com exceção de um breve momento em que se atracou num daqueles matinhos (ou no banheiro, não sei) com um amigo nosso, o qual prefiro não citar o nome para não comprometer, assim como prefiro pular essa parte, pois não sei escrever sem entrar em detalhes, os quais preferi nem saber.

Nada melhor que o estímulo positivo, né? Como eu fui a pessoa que “acionou” o Macedo, logo ele veio com um botão de rosa vermelha e me entregou. Disse que gostou de mim. Lógico, não tinha como ser diferente, afinal, cheguei fazendo os maiores elogios, o que o deixou todo alegre. Nosso amigo ficou um tanto enciumado, mas se conteve civilizadamente.

Ficamos impressionados com a autoconfiança do Macedo, afinal, isso não é muito de praxe para um garçom comum, muito menos do Maranhão, onde "os cabras" resolvem tudo com "uma boa duma peixeira".

Como se não bastasse, quando pedimos uma tequila, ele a trouxe num pratinho cheio de pétalas de rosa forrando o copo. Confesso que a imagem ficou bonita e, mais uma vez, a criatividade e o romantismo do Macedo nos surpreendeu. Dali por diante, não era mais Macedo, afinal, ficamos íntimos do “Cedinho”, o qual não saia mais de perto da nossa mesa, dando toda a assistência necessária e, claro, foi o assunto da nossa noite. Pegamos Cedinho pra Cristo e ele, muito habilidosamente, se safava ou entrava na dança da roda.

Cedinho atendia todas as mesas e não desgrudava os olhos de nós. E ele era rápido, tanto nos pensamentos como em suas atitudes. Graças a ele, nossa noite rendeu um bocado, principalmente a do nosso amigo, que, segundo soube, tem uma bruta queda por afro descendentes. Mas, como prometi, sem comentários. Entrar na intimidade das pessoas assim, considero um hábito muito indelicado e, para a parte envolvida torna-se um imenso constrangimento entrar na sua intimidade. Portanto, melhor respeitar.

E a noite foi pra lá de agradável... turma boa, ambiente agradável, gente bonita, presença de Deus iluminando o céu, muitas brincadeiras, risadas à solta e, claro, a presença do Macedo que não marcou apenas aquela noite, mas a vida de todos ali presentes pra sempre, em especial a do nosso amigo.

Pensa que a noite acabou por aí? Engana-se! Quando fechamos a conta, Cedinho aprontou mais uma das suas: veio com uma garrafa de espumante e taças para todos, as quais usamos para brindar a presença do Cedinho em nossa noite.

Primeiramente, imaginamos que ele tinha pagado a bebida como um gesto de gratidão e delicadeza conosco (talvez até como declaração de amor a algum da roda), mas depois ele confessou que a casa oferece aos aniversariantes. Ele disse que era o meu aniversário e fechou a noite com chave de ouro.

Ah, Cedinho, Cedinho... você nos proporcionou uma noite de muita diversão, regada a rosas e champagne. Você é O CARA e vai ficar guardado com muito carinho em nossos corações.

Um comentário:

  1. Valeu Macedo pela diversão e por nos mostrar que atitude é tudo!!! E olha isso vc tem de sobra! Macedão, "The Guy"!!!!
    Isso já diz tudo!!!rsrsrsr
    Beijos.

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...