quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vão...


Vão...
Um vazio que não se sabe de onde vem
Um espaço grande que não sabemos se será ocupado
Uma dor que pede-se para cessar urgentemente

Vão...
Um céu sem azul, sem luz, sem poesia
Um mar que não se agita ou se rebela
A noite, com sua alma fria e misteriosa

Vão...
Que no peito parece um rombo
Que na vida parece a morte
Que no amor materializa a ausência

Vão...
Os que um dia chegaram e tanto foram esperados
Os que lutamos para torná-los imortais
Os que nos deixam à mercê de um algo mais

Vão...
Os dias, meses e anos
E nesses vãos, surpresas nos acontecem
Talvez o Universo conspirando a nosso favor
Como um sopro, um alento, que nos renova a esperança

Vão...
Mas, se puder, não vá para tão longe
Permaneça onde eu possa te alcançar
E se impossível for o meu apelo
Aqui ainda haverá um vão

Um comentário:

  1. O espaço vazio entre um acontecimento e outro,que permite a reflexão do aprendizado.Neste local de nossas mentes reside a capacidade racional da integração.Sequência da vida,modidificação com nosso erros,novas escolhas,identificação Shakespeariana no clássico Hamlet{To be or not to be},a vida do cotidiano é feita desta natureza.Aproveitemos este hiato para melhorar o nosso destino...Beijos Taiza,sempre reflexiva,te amo.

    ResponderExcluir

Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...