sábado, 12 de dezembro de 2009

Os psicopatas estão entre nós


Desde o papel da Letícia Sabatella como Ivone na novela Caminho das Índias, como excelente observadora dos comportamentos humanos que sou, comecei a pontuar algumas atitudes de pessoas próximas que antes apenas pareciam "incomuns" como traços de psicopatia.

Logo, recebi uma Revista Super Interessante que abordava bastante esse tema e resolvi comprar o livro da Ana Beatriz, Mentes Perigosas, para embasar melhor as conclusões que eu havia tirado de tudo. Gosto da Ana Beatriz porque ela tem o dom de descrever uma doença mental com um "romantismo" próprio que nos faz entender, sem tanto assustar ou fazer doer.

Esse tema vem há algum tempo me acompanhando pela vida, através de pessoas, artigos de revistas, novelas... sinais que devemos estar sempre atentos, aqueles que a vida se encarrega de nos mostrar, mesmo quando a gente não quer ver.

Resumir esse livro não vale a pena. Mas indicar, sim. Hoje meu texto é a reprodução de um e-mail que recebi, já levantando a quem lê a suspeita que: há um psicopata bem próximo de você. Atenção!

Os psicopatas são falantes, charmosos, simpáticos, sedutores, capazes de impressionar e cativar rapidamente qualquer pessoa. Sua capacidade de “parecer bonzinho, educado e inofensivo é impecável”. É a pessoa perfeita, aquela que você menos desconfia ser um psicopata. Tudo isso é uma fachada, como um teatro muito bem engendrado para esconder suas características perturbadoras: a incapacidade de se adaptar às normas sociais com respeito a comportamentos dentro da lei ou da ética social, indicado pela repetição de atos criminosos. A capacidade de enganar, através de mentiras repetidas a fim de obter lucro pessoal ou prazer. Desrespeito e imprudência pela sua própria segurança e dos outros. Irresponsabilidade, indicada por falhas repetidas na manutenção do trabalho ou honrar suas obrigações financeiras. A falta total de remorso ou culpa por ter ferido, maltratado, roubado, enganado ou mesmo matado outras pessoas. Eles são inteligentes, mas insensíveis, frios, manipuladores e sua capacidade de fingir sentimentos é perfeita. Se descobertos, são mestres em inverter o jogo, colocar-se no papel de vítima ou tentar convencer de que foram mal interpretados. E estão conscientes de todos os seus atos.

Assim os psiquiatras os descrevem. Este perfil assombroso é absolutamente realista. Os psicopatas são o extremo mais grave dos que apresentam “distúrbio de personalidade anti-social” (DPA). A possibilidade de você já ter encontrado um em seu caminho é grande, pois pelas estatísticas da Organização Mundial da Saúde uma em cada 100 pessoas uma é sociopata em maior ou menor grau, 1% a 4% da população mundial.

Não existe defesa totalmente segura contra eles. Segundo os psiquiatras muitos atos cometidos com crueldade atuais ou não, podem ter origem nesse mal. O grande desafio é reconhecê-los, devido a capacidade de enganar com perfeição e dizer exatamente o que você quer ouvir, que eles possuem. Você só descobre que cruzou o caminho de um psicopata, após ter sido prejudicado por ele.

O psicopata não é exatamente um doente mental, mas sim um ser que se encontra na divisa entre sanidade e a loucura. O ser humano normal é movido pelo triangulo: razão, sentimento e vontade. O que move um psicopata é: razão e vontade ou seja o que os move é satisfazer plenamente seus desejos, mesmo que isso envolva crimes como: golpes financeiros, roubos, furtos, estupro ou assassinato. Não importa, já que para eles não existe o fato: sentimento. Eles já foram descritos como seres desprovidos de “alma”.

Os sociopatas exibem egocentrismo e um narcisismo patológico, baixa tolerância para frustração e facilidade de comportamento agressivo, falta de empatia com outros seres humanos. Eles são geralmente cínicos, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e parentes.

O pesquisador canadense Robert Hare, um dos maiores especialistas do mundo em sociopatia criminosa, os caracteriza como "predadores intra-espécies que usam charme, manipulação, intimidação e violência para controlar os outros e para satisfazer suas próprias necessidades. Em sua falta de consciência e de sentimento pelos outros, eles tomam friamente aquilo que querem, violando as normas sociais sem o menor senso de culpa ou arrependimento."

Os próprios sociopatas se descrevem como "predadores" e sentem orgulho disto. O psicopata é incapaz de aprender com a punição ou de modificar seu comportamento. Quando descobre que seu comportamento foi identificado, ele reage escondendo muito bem este seu “lado negro”, mas nunca mudando, disfarça de forma inteligente as suas características de personalidade.

O indivíduo sociopata não apresenta sintomas de outras doenças mentais, tais como neuroses, alucinações, delírios, irritações ou psicoses. Eles apresentam um comportamento tranquilo quando interagem com a sociedade, geralmente possui uma considerável presença social e boa fluência verbal. Não é incomum, eles se tornarem líderes sociais de seus grupos. Muito poucas pessoas, mesmo após um contato duradouro com o sociopata, são capazes de imaginar o seu "lado negro", o qual a maioria dos sociopatas é capaz de esconder com sucesso durante sua vida inteira, levando a uma dupla existência. Vítimas fatais de sociopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.

Graças aos céus os psicopatas que matam, estupram e torturam não são os mais frequentes. O mais comum é o tipo parasita: aquele que se dedica a atormentar e dar golpes em suas vítimas sem nunca atentar fisicamente contra elas. Políticos corruptos, líderes autoritários, pessoas agressivas e que abusam da sua confiança, etc... Uma característica comum aos sociopatas é a de usarem sistematicamente a enganação e manipulação de outros visando ganhos pessoais. Um estudo epidemiológico do NIMH (National Institute of Mental Health) registrou que somente 47% daqueles que eram sociopatas tinham uma história de processo criminal significativo. O mais comum para estes são problemas no trabalho, violência doméstica, tráfico e dificuldades conjugais severas. Normalmente os indivíduos com este distúrbio de personalidade são ciumentos, possessivos, irritáveis, argumentadores e intimidadores. Seu comportamento frequentemente é rude, imprevisível e arrogante.

2 comentários:

  1. Meu Deus, interessantíssimo esse texto Taiza e muito importante pra gente ficar atento!! Agora eu acredito que eu e o Fredy convivemos(ainda bem que por pouco tempo) com uma iniciante a psicopata...!! vc entendeu né amiga?! obrigada por compartilhar esse assunto importante e preocupante com a gente, assim ficamos mais atentos! beijão

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  2. AMIGA, ÓTIMO TEXTO!!! ACREDITO QUE OS PSICOPATAS ESTÃO MAIS PRÓXIMOS DO QUE IMAGINAMOS E SE FAZENDO DE GENTIL, BONZINHO, AMIGO, SOLIDÁRIO... E O PIOR DESPROVIDOS DE QUALQUER SENTIMENTO. ESSE ASSUNTO É MUITO INTERESSANTE VOU QUERER SEU LIVRO DEPOIS EMPRESTADO, RS RS!!!!BEIJOS

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...