Dezembro

Dezembro. O último mês do ano, o mais corrido, o mais esperado, é o mês em que temos a última chance de resolver tudo que não se resolvemos durante todo o ano.

É também o mês do ano que mais mexe conosco pelo sentimento natalino que ele traz. Ficamos mais solidários, sentimentais, nos emocionamos com histórias do cotidiano que existem o ano inteiro, mas que só abrimos os olhos pra elas nessa época. É como se, num estalo, resolvemos enxergar o próximo, aceitando que ele é muito mais próximo do que geralmente nos damos conta.

A cidade fica linda, toda iluminada, enfeites natalinos contornam casas, edifícios e árvores. Ouve-se ao longe músicas que ecoam alegria tocando por todos os lados. As lojas ficam abarrotadas de pessoas, tanto compradores que entram no espírito comercial do Natal, da troca de presentes, quanto vendedores que aproveitam esse mês pra ganharem uma comissão maior ou mesmo terem a oportunidade de um emprego, mesmo que temporário.

Ah... dezembro! O mês de comemorar o aniversário de Jesus, o Salvador. Seu santo espírito renasce em nossos corações e nos sentimos totalmente envolvidos por um sentimento de bondade e fraternidade sem igual. O mercado se agita, as pessoas se agitam. Por ser um mês de férias escolares, muitos aproveitam para pegarem a estrada e juntar-se aos seus, já que é um mês que tem cheiro de família unida.

Na cabecinha das crianças a fantasia se solta completamente. Escrevem cartinhas para o Papai Noel e ficam esperando ansiosamente o presente tão desejado. Dormem imaginando o bom velhinho passando por sua janela com o trenó sendo puxado por suas renas voadoras, deixando um rastro dourado pelo ar. É possível escutar até o “Ho ho ho” e ver sua pele rosada e rosto feliz.

Engraçado isso. O Pai Maior faz aniversário e somos nós quem ganhamos os presentes. E talvez por isso resolvemos dar, doar, mais amar. Independente de quem seja, porque nessa época o que importa é fazer o bem, até como forma de agradecer por todas as dádivas que acontecem em nossas vidas.

Bom seria se em todos os dias do ano fosse Natal, ou permacessêssemos embasados no sentimento que nos inunda Dezembro. Não esse que enche as lojas, mas o que enche nossos corações de amor, um amor diferente, que transborda e acaba inevitavelmente derramando sobre os outros um sentimento benigno de paz e fraternidade.

É neste mês também que traçamos novas metas e objetivos a serem alcançados, com a certeza que no próximo ano a vida será ainda melhor, mais graciosa e de um sentido sem igual. Ficamos munidos do sentimento do recomeço, da boa promessa. E dentro de nós sabemos que o que tiver que ser, será, mas terá um sabor muito melhor.

Feliz Dezembro pra vocês, regado a Boas Festas e a esperança de um ano novo muito melhor!