terça-feira, 24 de novembro de 2009

Filhos



Algumas pessoas são levadas pela mente coletiva e resolvem ter filhos simplesmente por ser o próximo passo depois do casamento. Muitas vezes, comem a merenda antes do recreio, daí a inconseqüência é ainda maior.

Não é o meu caso. Ter filhos pra mim sempre foi algo a ser planejado, contado os dias, curtir toda e qualquer novidade desde que a menstruação atrasa. Depois que se tem, então, é algo mágico, um presente dos céus. É apreciar a perfeição da natureza, da vida e agradecer sempre.

Minha vontade de ter filhos é algo que existe desde que era pequena. Sempre fui movida pelo sentimento materno com os primos mais novos, cuidando, zelando, protegendo para que nada de mal acontecesse a eles. Meu irmão mais novo chamo de filho mais velho, para se ter uma idéia.

Ninguém tinha mais medo de agulha que eu, mas logo que me casei, eu vivia no laboratório fazendo Beta HCG, pra saber se minha hora mágica havia chegado. Tamanha era a decepção cada vez que dava negativo. Era um sonho de vida próximo a se realizar, acompanhado de uma grande ansiedade.

Dando positivo, foi uma emoção única e a roupagem de mãe imediatamente se vestiu em mim. Vivi cada dia com imenso prazer, comprei muitos livros a respeito de educação e agendas de gravidez. Comecei imediatamente a conversar com meu filho, já atestando sua existência.

Nunca me senti tão bonita, tão inteira, tão irradiante como nas épocas de gravidez. Tudo melhora: o funcionamento do corpo, a pele fica sedosa, o cabelo brilha e cresce como nunca antes. Nossa cabeça não aceita nada que seja negativo e somos levadas por uma onda de positividade que desconhecemos sua origem.

O nascimento é algo indescritível. Olhar aquele ser tão pequeno, indefeso, totalmente dependente de você, chorando, vindo do seu ventre é de uma grandeza tamanha que emociona apenas de imaginar. E o sonho se materializa na sua frente, de uma forma tão divina que esse momento se eterniza.

Engana-se quem pensa que esse sentimento existe apenas no primeiro filho, porque cada gravidez é diferente, cada parto e cada filho, por fim. Em cada época você é uma pessoa diferente também, portanto reage de maneiras diversas, sua maturidade é cada vez maior, porém com a mesma sensibilidade. Então é sempre uma nova expectativa, uma grande novidade.

De repente, esses presentinhos vão crescendo, nos surpreendendo, nos ensinando muitíssimo, se tornando independentes e esse desenvolver é belo. Todos filhos do mesmo pai e mãe, formados na mesma criação, porém cada um com seu jeito de ser, com suas peculiaridades, com suas necessidades, com suas histórias, com suas personalidades que vão se formando pouco a pouco.

Filhos são uma caixinha de surpresa, porque todos os dias nos trazem coisas novas, sempre a somar em nossas vidas. É uma insegurança, uma dúvida, uma saída, um fato, um medo, uma oração, uma frase, um tombo... coisas que nos enobrecem, as quais vamos nos reconhecendo em nossas crias, nos trabalhando para sermos exemplos para eles, afim de que se tornem um dia pessoas de bem.

Ah, o que seria de nós, mães, sem a doce presença dessas criaturas ao nosso redor? Não faço a menor idéia. Tudo que sei é que eles deram sentido à minha vida e me ensinaram o que é o amor de verdade, aquele incondicional.

3 comentários:

  1. Amiga, essa é uma "profissão" que você é catedratica!! Três meninos, lindos, educados, amados, felizes, inteligentes e que com certeza com essa mãe vão se tornar grandes homens!! Parabéns amiga!! Por todo esse amor que faz de você uma mãe linda, amorosa e especial!!

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  2. AMIGA, SER MÃE NÃO É FÁCIL MAS É MUITO PRAZEROSO, NOS FAZ EXPERIMENTAR UM AMOR INCONDICIONAL CAPAZ DE TUDO. AGRADEÇA Á DEUS POR TER ESSE TRÊS ANJINHOS NA SUA VIDA TÃO ESPECIAIS E TÃO SAUDÁVEIS E FELIZES, PARABÉNS POR SER ESSA MÃEZONA!!! BEIJOS!

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Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...