segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um adendo a Jabor


Essa semana saiu na revista Veja uma frase da Débora Secco dizendo que aos 30 anos ela está ainda mais bonita. E está mesmo! Mal sabe ela que esta é uma característica da grande maioria das mulheres quando chegam em sua terceira década de vida. Arnaldo Jabor que o diga. Aliás, que texto bem escrito o dele!

Eu, nos meus quase 35 anos (com muito orgulho!), gostaria de fazer um pequeno adendo ao texto de Jabor, já publicado aqui no blog, para quem ainda não o conhece.

Você deve estar pensando: "Essa neguinha!!! Quem é ela pra fazer qualquer tipo de adendo a Arnaldo Jabor, esse grande e renomado escritor????"

Eu??? Nada. Ou tudo!!! Afinal, sou uma mulher com mais de 30! Então, aí vou eu...

Dizem por aí que “a vida começa aos 40”, um chavão bem antigo do dito popular. Eu sempre gosto de brincar com essa frase, porque se a vida começa aos 40, aos 30 ainda estamos no útero de nossas mães. E como “toda brincadeira tem um fundo de verdade”...

É nesta fase que começamos vida nova, que estamos em pleno renascimento. É quando estamos sendo geradas, nutridas com tudo o que precisaremos para viver os longos anos que ainda estão por vir. Renovamos a pele, o corpo, o cabelo, os conceitos, as vontades... tudo! E, de repente, ficamos munidas de uma coragem, uma maturidade e uma sabedoria que a gente não tem a menor idéia de onde vem. Mas vem! E nos tornamos verdadeiras “senhoras de si”.

Costumo dizer mais... as mulheres de 30 são mulheres em verdadeira ebulição, assim como o vulcão. Acontece dentro delas um fenômeno que muda toda a temperatura, a pressão e acontece uma explosão de sentimentos, de pensamentos e de desejos. E o derramamento que esse vulcão provoca, vai queimando toda a insegurança, incapacidade, traumas e desilusões do passado.

Reconstruiu-se aí uma nova mulher. Observa-se nelas um misterioso encantamento, uma notória inteligência e uma estranha modéstia de reconhecer-se quem é e porque é. E creio que é aí que está o grande segredo, porque ela assume de vez quem ela é, ela transborda verdade. A sua verdade! Ela descobre o seu magnetismo, o seu poder e mostra-se inteira, absoluta. E é então quando se torna verdadeiramente bela.

É, Arnaldo Jabor. Que bom que os homens sabem reconhecer essa nova mulher tal como é. Pelo menos você soube! Parabéns!

Um comentário:

Status: Psicólogo

Ao psicólogo não é dado o martelo dos juízes, as prerrogativas dos promotores, nem o bisturi dos cirurgiões, somos pequenos clínicos ...